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Mostrando postagens de junho, 2025

Quase sempre duvido... disso e de mim!

tem horas que não me quero por perto, não me amo e até pareço me odiar. tem momentos que quero desaparecer do mundo e da vida, nunca ter existido. Não recomendo este sentimento para ninguém, todavia me é inevitável senti-lo quando os neurônios não querem me deixar em paz. por que eu simplesmente não vivo minha vida e paro de pensar em todo o sofrimento que existe neste planeta? por que eu preciso me conectar com a tristeza dos que choram de fome? por que eu preciso me rasgar por causa das separações abruptas de filhos pequenos dos seus pais e mães? por que eu devo me importar com os animais que morrem para alimentar a sanha humana? por que eu preciso me incinerar com guerras entre pessoas de lugares que nunca visitarei? por que me envolvo com os problemas do mundo como se eu pudesse ser Deus? mas eu não tenho força para suportar esta dor. Não tenho... não tenho!  e se tudo começasse de novo? não tenho certeza que resolveria... creio que não.  tudo seria o mesmo, porque a revol...

É só um desabafo bobo

tem gente que é especialista em deixar a gente na mão. mas que diabos é isso? deixar na mão em qual sentido? qual o significado desta expressão tão famigerada? deixar na mão, quando lido assim despretensiosamente, parece algo como capturar a gente e deixar ali na mão, quase que como um cuidado.  mas a expressão nos informa justamente do contrário: a pessoa promete algo e não cumpre, a gente está contando com ela e ela falha no compromisso... isso é deixar a gente na mão.   quando fulana me deixa na mão e não justifica e não pede desculpas, o que devo entender, se eu tiver o mínimo de inteligência? a não confiar nesta pessoa. posso manter relações diplomáticas, mas nunca mais me submeterei a projetos com a tal.  se a pessoa justifica, mas não pede desculpas, entendo o recado: também não me iludirei mais. mas pelo menos, ela teve um pouco de dignidade ao justificar. se a pessoa justifica e pede desculpa, eu ainda posso dar uma chance pra ela. há sempre imprevistos e pr...

cabe tanta coisa aqui na escrita

eu não virei blogueira. ou virei? enquanto martelo um pensamento no outro e faço surgir tantos universos mentais, questiono-me sobre o porquê de escrever.  por um lado, tenho certa dificuldade com a linearidade; por outro, tenho mais dificuldade mesmo é de lidar com adultos 30+ que possuem um comportamento emocional de uma criança de 9 anos em sua queda do paraíso.  eu compreendo que nossa criança ainda more dentro de nós. temos mesmo o privilégio de ter todas as personas até a nossa idade atual. eu, adulta de 32 anos, tenho a menina de 7 e também a adolescente de 15 dentro de mim. posso acioná-las a qualquer momento, mas o fato é que, às vezes, elas voltam sem um convite expresso. não as culpo, mas, logo que detecto o comportamento, aciono a adulta que sou e que hoje já é mãe de uma criança de 8 anos, para analisar e intervir na situação, se for o caso.  eu até deixo minha criança despertar em alguns momentos. quando estou brincando com meu filho montando peças de Lego, ...

Não gosto

  Não gosto De quem fica me vigiando Contando meus passos Pra ver meus tropeços E meus embaraços De quem me persegue E finge gostar Da forma Do cerne Que há de olhar De quem me duvida Minha própria jornada De quem denuncia Sem prova nem nada De quem satisfaz o ego ferido De quem se enverga Sem ver o perigo De quem abandona Sem justificar De quem não vê mágoa Enquanto se dá De quem embrutece a minha ilusão E tece a teia Do sim e do não De quem só entrega Se for receber De quem só posterga A honra de ser De quem desfalece O peso, a culpa De quem enternece Lagarta e pulpa De olhos faceiros E enganadores De doces melindres E de frios amores De tempo sem régua De lua sem cor De brasa sem chama De pele sem flor De quem não desliza Na borda do mundo De quem só baliza Seu cume no fundo De quem espera sem nada esperar De quem ludibria o verbo amar noi soul Junho de 2025

um poema de fôlego só

Os ouvidos querem o gosto da palavra  Os olhos almejam o gozo da palavra A boca anseia o cheiro da palavra  As narinas buscam o toque da palavra  As mãos perscrutam o som da palavra Nós somos feitos de carne e palavras  Nós somos feitos de células e palavras  Nós somos feitos de ossos e palavras  Nós somos feitos de sangue e palavras  Nós somos feitos de vida e palavras Quão poderosa é aquela que nos permeia  Em todos os recônditos  Em todas as entradas Em todas as saídas  Em todas as chegadas Em todas as despedidas Quão gloriosa é aquela que nos incendeia  Em todas as madrugadas  Em todos os deslizes Em todas as camadas Em todas as crises  Em todas as enseadas Os ouvidos querem o gosto da palavra  Os olhos almejam o gozo da palavra A boca anseia o cheiro da palavra  As narinas buscam o toque da palavra  As mãos perscrutam o som da palavra Ela que cava, escava, encrava  Ela que pulsa, pune, absolve, abs...

sobre o caso de ter um blog sem ser blogueira (Ou: como decidi começar este trabalho estapafúrdio)

não sou blogueira. nunca fui blogueira. provavelmente, não sei... nem do futuro nem ser blogueira.  Mas Apesar De tudo (ou nada) eis-me aqui escrevendo no BLOGGER : quero escrever a possibilidade. Isso! a possibilidade de um texto que contenha todos os erros e acertos que minha mente possa criar sem a ajuda, às vezes bem-vinda às vezes perversa, da tal IA.  veja bem... não estou dizendo com isso que já tenho uma opinião formada sobre esta nova ferramenta tecnológica. são apenas acenos aqui e acolá e alguns testes feitos, além de ver mais da metade das pessoas que sigo no instagram postando textos "mortos", se é que me entende... eu estou amaldiçoada por perceber, sem dificuldades, quando um texto foi escrito por IA.  Ah, você não sabe o que é IA? então, deve estar em outro tempo e espaço, mas não começarei minhas digressões neste momento, pois tenho (quase) certeza de que você fugiria. fiquei pensando no absurdo ou na absurdidade de escrever com as minhas ferramentas inte...