sobre o caso de ter um blog sem ser blogueira (Ou: como decidi começar este trabalho estapafúrdio)

não sou blogueira. nunca fui blogueira. provavelmente, não sei... nem do futuro nem ser blogueira. 

Mas

Apesar

De tudo (ou nada)

eis-me aqui escrevendo no BLOGGER

:

quero escrever a possibilidade. Isso! a possibilidade de um texto que contenha todos os erros e acertos que minha mente possa criar sem a ajuda, às vezes bem-vinda às vezes perversa, da tal IA. 

veja bem... não estou dizendo com isso que já tenho uma opinião formada sobre esta nova ferramenta tecnológica. são apenas acenos aqui e acolá e alguns testes feitos, além de ver mais da metade das pessoas que sigo no instagram postando textos "mortos", se é que me entende... eu estou amaldiçoada por perceber, sem dificuldades, quando um texto foi escrito por IA. 

Ah, você não sabe o que é IA? então, deve estar em outro tempo e espaço, mas não começarei minhas digressões neste momento, pois tenho (quase) certeza de que você fugiria.

fiquei pensando no absurdo ou na absurdidade de escrever com as minhas ferramentas internas, aquilo que construí até aqui com observações, leituras, conversas, filmes, séries, vida, principalmente vivendo a vida. 

neste momento, uso um teclado para colocar meus pensamentos dentro de um computador e uso a internet e o BLOGGER como ferramentas para tornar acessíveis a outras pessoas os meus pensamentos. é um emaranhado de redes neurais e de fibras ópticas que conectam meu mundo interior, vulgo pensamentos e sentimentos que deixei escapulir, ao mundo interior de quem me lê neste momento.

eu não sei se, em algum momento, estas informações pulam para um exterior real. você me entende ou já está se perdendo nestas conexões? isso nem importa tanto... o que importa é saber se alguma palavra aqui pode fazer sentido para alguém. talvez eu devesse apenas falar neste primeiro texto qual o objetivo de mais um blog na internet quando o tempo dos blogs já está quase extinto... 

a minha vontade real é ter um espaço seguro, onde a IA de textos não terá vez... quero dizer, você que me lê, tendo que confiar inteiramente em mim para isso, saberá que está lendo palavras de uma mente humana diretamente para outra mente humana, sem artifícios de "texto melhorado" ou "texto impoluto" lapidado pela tal IA.

não sei se alguém me lerá, na verdade. Todavia, é sempre um espaço de troca, mesmo que solitária, entre minha mente atual de 32 anos e 10 meses e minha mente futura, pois estou fazendo um pacto interno de voltar aqui a este primeiro texto daqui uns 20 anos, mesmo considerando que talvez nem haja mais internet, nem texto, nem nada. Sabe? sou dramática, alarmista e, quase sempre, pessimista em relação ao que fazemos com nosso planeta e com todos os seres que vivem nele. tenho minhas dúvidas sobre nossa continuidade na Terra como espécie.

Por outro lado...

Sou uma das pessoas mais otimistas, felizes e idealizadoras que você vai encontrar na vida.

Isso me faz ser alguém paradoxal. E sabe o que é mais interessante? Você também é assim! Complexidades humanas, sem maniqueísmos externos. Tudo existe dentro de mim e tudo existe dentro de você, em maior ou menor graus. Sabe? está tudo certo e está tudo errado,

but

talvez eu fale sobre isso no próximo texto, se houver próximo!

Assinarei com um dos meus heterônimos, porque é a parte de mim que me mantém lúcida no mundo e ao mundo. Mas você já sabe quem sou e não quero me esconder... sou muitas, por isso dou até o direito de escolha a você,


um xêro no cangote,


Celéstyan


A última trincheira IN


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